05/04/2013
Frangos são fotografados após serem sacrificados em mercado de Xangai, na China Foto: Reuters
Após a morte de um agricultor na cidade de Huzhou, na província de Zhejiang, e de duas pessoas em Xangai, o número de mortos causados pelo novo tipo do vírus da gripe aviária H7N9 na China aumentou para seis
Desta maneira, desde o anúncio das duas primeiras vítimas mortas, no domingo passado, quatro indivíduos morreram em Xangai e duas na vizinha Zhejiang, ambas localizadas no leste do país. Além disso, há outros 13 casos de contágio confirmados. Todos os infectados deram entrada em hospitais com diagnóstico de pneumonia e muitos deles se encontram em estado crítico.
Seis dos doentes permanecem isolados e em tratamento em Xangai, cinco na província de Jiangsu, um na de Anhui e dois em Zhejiang.
As pessoas que tiveram em contato com as vítimas não mostram sintomas de febre nem dificuldades respiratórias, com exceção de um indivíduo que começou a apresentar febre e como os demais se encontra em quarentena.
Enquanto isso, em Xangai já foram sacrificados mais de 20,5 mil frangos, patos, gansos e pombas de um mercado de aves vivas da cidade. Neste local, foi detectado a presença do vírus H7N9 em uma pomba.
O Mercado Atacadista de Produtos Agropecuários de Huhai, localizado em uma área rural do afastado distrito de Songjiac, em Xangai, foi fechado nesta manhã pelas autoridades locais após ser localizado um animal com o vírus e por isso houve um sacrifício em massa das espécies.
Além disso, o mercado foi desinfectado para prevenir um possível contágio humano. Seis pessoas que mantiveram contato com a pomba infectada estão isoladas e sob observação médica e seu sangue está sendo analisando à procura do vírus.
"Agora que existem mais casos, os especialistas estão recolhendo mais informação e material de casos clínicos sobre o vírus, o que permitirá identificar mais rápido sua capacidade patógena e de contágio", explicou a diretora do Centro de Controle e Prevenção de Epidemias de Xangai, Wu Fan, segundo o jornal Shanghai Daily.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) descarta por enquanto a possibilidade de uma pandemia, já que por enquanto não acredita que o H7N9 se transmita entre humanos e sim pelo contato com as aves.
Em Genebra, o porta-voz da OMS, Gregory Hartl, explicou em entrevista coletiva que as investigações continuam intensamente porque ainda não se identificou qual é a fonte de contágio. Ele disse que, por enquanto, não se identificou qualquer relação epidemiológica entre os casos. "Portanto, não se pode falar de contágio de humano a humano, e é preciso continuar buscando um contágio meio ambiental".
Hartl explicou que o contágio pode ser de fonte animal mas também do ambiente onde os animais estão, já que com o vírus H1N5 foi detectado que o pó dos mercados onde se vendia frango estava infectado com o vírus. O porta-voz lembrou que, originalmente, o H7N9 era um vírus que se manifestava nas aves, mas que as autoridades chinesas estão investigando outros animais como fonte de contágio.
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